
Outro exemplo de cuidado com o simbolismo que envolvia a loja: a Daslu registrava todas as peças vendidas em computador, anotando quem e quando comprou - tudo para evitar que duas clientes da loja vistam a mesma roupa numa festa.
Detalhes como estes ajudaram a criar uma "cumplicidade elitista" entre loja e clientes, promovendo a sensação de pertencimento a uma comunidade que, a despeito das origens diferentes, tinha no luxo seu denominador comum, sua semelhança gregária. Hoje, chama-se isso de "comunidade de marca", expressão da qual Eliana nunca deve ter ouvido falar, mas que conseguiu implementar à perfeição.
Talvez nunca se tenha dado o destaque merecido, mas a Daslu é um dos maiores cases de marketing da história empresarial brasileira. Inevitável mencionar o que aconteceu depois - Operação Narciso e afins - e difícil especular sobre o que ocorrerá a partir de agora. De toda forma, estamos assistindo à derrocada de um símbolo do bom marketing brasileiro - e, infelizmente, dos piores vícios do país também.
http://www.amanha.com.br/
André D'Angelo
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